Os
monges ultramaratonistas do Mount Hiei

Estes
monges começaram a sua história por volta de 831 d.c. com um menino chamado
So-o que veio para Hiei aos 15 anos de idade e iniciou no templo de Tendai.
So-o
era um monge incrível capaz de realizar muitas coisas, como acreditavam
os
moradores do vilarejo local, que atribuíam e ele inclusive o poder de curar
várias doenças. Os monges veneravam todos os elementos da natureza como uma
manifestação de Buda, significando a adoração plena da natureza de mente e
corpo.
Quando
o jovem voltava para o templo de Hiei, recebeu um chamado do deus Gyõja (atleta
espiritual) de que teria que percorrer em até mil dias todas as estações
budistas do país correndo e refletindo sobre os elementos da religião, para
atingir a elevação espiritual com um único objetivo: tornar-se o Buda vivo,
mérito que o jovem So-o conquistou.
E
esta prática é cultuada até hoje, para percorrer o mesmo caminho. Após a
permissão, o candidato frequenta um curso que inclui mapas e as estações que
devem visitar e rezar, aprendem sobre as orações e cantos, e outras informações
importantes. O candidato tem então uma semana de treinamento físico para
suportar esta provação.
Os
corredores recebem 80 pares de sandálias de palha para correr no mínimo 40
quilômetros por dia. Há muitas estações que eles devem parar por muitas vezes.
Eles são capazes de sentar-se apenas uma vez durante todo o percurso. Após
completar os 700 dias, os corredores enfrentam o feito mais difícil. Devem
sobreviver nove dias sem comida, água, dormir ou descansar. Este período é
chamado de Doirí, depois disso, completam os mil dias.
Desde
1885, pouco mais de 50 monges completaram esta ultramaratona.
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